domingo, 27 de junho de 2010

Vidraça embaçada

Autor: Isaac Duran Ponce

Eu sei que poderia amar
Mas hoje decidi nunca mais me apaixonar
Esqueci do quanto fui feliz ao lado de um grande amor
Valeu a pena o tempo que passou
Mas hoje aqui estou
Sujeito a não amar, pois perdi o meu grande amor
A poesia me encontrou e me transformou no que sou
Palavras doces e harmoniosas atrás de uma vidraça
Que me separa da realidade
Te vejo, te encontro, mas tudo em segundo plano
Me vejo dentro de uma caixa de vidro
Onde vejo tudo, mas nada escuto
Onde estou perto de tudo, mas nada consigo tocar
Quem me apresentará a você?
Quem quebrará os vidros desta caixa?
Não me distraio, te percebo quase sempre
Não te escuto, pois aqui dentro tudo é acústico
Passo meus dias a te observar sem você me notar
Mas hoje resolvi nunca mais te amar
Só por essa noite quis nunca mais te notar
Limparei a vidraça, que embaça no momento em que te vejo
Sonhos e desejos separados pelo vitrô do medo
Até por onde não te vejo eu te desejo.
Mas é só por mais um segundo
Suspiro fundo em busca do esquecimento
Amor perdido, amor que foi perfeito...

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