Autor: Isaac Duran Ponce
Espelhos? Nada vejo
Se não o reflexo de meu próprio ser egoísta
Inveja? Outro lado do espelho
Pois de nada serve a não se mostrar o que está no exterior
Minha alma nada sabe, nada constroe em cima da própria imagem
Pois a imagem se esvai assim como tempo que perdi correndo atrás do vento
Espelho? Portas para o nada
Tem gente que acredita ser o espelho mágico
Refletindo uma imagem de beleza midiática que de nada é concreto
São simples pó que logo desaparecem
Espelhos? Quem acredita neles?
Se não fosse por eles todos viveríamos o que realmente somos
Belos por ser a imagem e semelhança da perfeição
Mas tornamos tudo aquilo que acreditamos em duvidoso
Tudo por causa da imagem
Queríamos realmente saber o que era a imagem
Descobrimos que nada descobrimos
Somos seres invisíveis, visíveis apenas para nossa própria condenação
Descartamos o proxímo, pois não reflete a imagem que queremos ver
É o espelho. Se ele refletisse realmente o que somos
Não seríamos hipócritas como estamos
Espelhos...
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