Autor- Welington Rodrigo
Pronto, ainda não é hora de recomeçar, é tempo de sofrer mais um pouco
A carne rasgada nem mais dói, não que eu já tenha me acostumado a sofrer
É que ainda me resta couro para bater, os ossos estão fortes e o sangue ainda pulsa as veias
Então ainda não é hora de recomeçar.
Eu penso que quando as feridas parar de sangrar, as cicatrizes será como sofrimentos perpétuos.
Então acho que vou arrancar meus olhos, assim não mais verei essas cicatrizes, assim não mais me lembrarei das lutas que passei.
Não quero morrer glorioso, pois, os gloriosos sofreram em vida e, morreram sem ser felizes, apenas para dar um exemplo bom de coragem, bondade ou algo que o valha.
Quero morrer como um Mané, ser feliz conquistar minhas glorias, vitórias e derrotas
E não ser lembrado.
Lembranças nos entristecem, sim, até as lembranças boas nos deixam tristes, só de pensar que não mais vai voltar, nada disso vai acontecer, que agora crescemos temos responsabilidade, e que tudo o que fizermos daqui pra frente, afetara nossos filhos, netos e outras pessoas que de alguma forma depende de nós.
Queria tanto escrever sobre amor e paixões, mas, não é isso que vivo agora
Estou vivendo uma luta intensa contra o mundo, esse mundo que insiste em me derrubar, a me bater, esse mundo que cospe em minha cara todo seu lixo, como se eu fosse capaz de agüentar tanto peso, e como se eu fosse um Nada.
Tem razão, eu sou Nada diante deste mundo, mas nem por isso serei pisado por vocês
Mesmo quando me derrubam e me deixam estirado à calçada, eu me levanto, mesmo sujo e rasgado, me levanto ergo minha cabeça e volto a lutar. Um dia eu ganho.
E quando eu vencer, quem estiver comigo até o fim, vencera comigo
Mas quem ajudar a me derrubar, ficara aos meus pés e, eu sem nenhuma magoa ou rancor lhe ajudarei a levantar.
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